QUE A FORÇA DO MEDO QUE TENHO
NÃO ME IMPEÇA DE VER O QUE ANSEIO
QUE A MORTE DE TUDO EM QUE ACREDITO
NÃO ME TAPEM OS OUVIDOS E A BOCA
PORQUE METADE DE MIM É O QUE EU GRITO
MAS A OUTRA METADE É O SILENCIO
QUE AS PALAVRAS QUE EU FALO NÃO SEJAM OUVIDAS COMO PRECE
E NEM REPETIDAS COM FERVOR
APENAS RESPEITADAS COMO A ÚNICA COISA QUE RESTA
A UMA PESSOA INUNDADA DE SENTIMENTOS
PORQUE METADE DE MIM É O QUE OUÇO
E A OUTRA METADE É O QUE CALO
QUE ESTA VONTADE DE IR EMBORA
SE TRANSFORME NA CALMA E NA PAZ QUE EU MEREÇO
E QUE ESTA TENSÃO QUE ME CORROI POR DENTRO
SEJA UM DIA RECOMPENSADO
PORQUE METADE DE MIM É O QUE PENSO
MAS A OUTRA METADE É O QUE PRECISO
QUE A MINHA LOUCURA SEJA PERDOADA
PORQUE METADE DE MIM É AMOR E A OUTRA METADE TAMBEM
09/12/2004
Devo esquecer
DEVO ESQUECER ,DEIXA-LO PARTIR
ENSINA-ME COMO E EU O FAREI
NAÕ ESTAS MAIS AQUI PARA ENSINAR-ME
NEM ESTOU MAIS AQUI PARA APRENDER
NOSSOS CAMINHOS QUE SE CRUZARAM
AGORA SE DESCRUZAM
UM PARA O NORTE ,OUTRO PARA O SUL
SEU CAMINHO SE PERDE
E VOCE SE PERDE NELE
EU LHE PERCO,EU ME PERCO
E PERCO AS LEMBRAÇAS QUE DEVO ESQUECER
DEIXAR PARTIR. MAS COMO?
ELAS SE PARTEM E ME PARTEM
NÃO POSSO PARTIR DAS LEMBRAÇAS
POIS SÃO TUDO QUE ME RESTA
PORREM ,LOGO ELAS FUGIRAM DE MIM
COMO VOCE ESTA FUGINDO
E SO RESTARAM AS LEMBRANÇAS DE LEMBRANÇA
QUE DEVO ESQUECER
QUE NÃO POSSO ESQUECER
QUE NÃO QUERO ESQUECER
QUE NÃO CONSIGO ESQUECER.
07/02/05
o seu poema tocou profundamente o meu coração.
ResponderExcluiramei a "versão LIA" do Thiago de Mello.
te abraço
que bom que você abriu este espaço
para compartilhar essas lindezas todas
nao sabia que ERA DO THIAGO DE MELLO EU A LI NO JORNAL JUNTO COM ESTA QUE SEGUE ,VE SE VOCE SABE QUEM E O AUTOR
ResponderExcluirDevo esquecer
ResponderExcluirDEVO ESQUECER ,DEIXA-LO PARTIR
ENSINA-ME COMO E EU O FAREI
NAÕ ESTAS MAIS AQUI PARA ENSINAR-ME
NEM ESTOU MAIS AQUI PARA APRENDER
NOSSOS CAMINHOS QUE SE CRUZARAM
AGORA SE DESCRUZAM
UM PARA O NORTE ,OUTRO PARA O SUL
SEU CAMINHO SE PERDE
E VOCE SE PERDE NELE
EU LHE PERCO,EU ME PERCO
E PERCO AS LEMBRAÇAS QUE DEVO ESQUECER
DEIXAR PARTIR. MAS COMO?
ELAS SE PARTEM E ME PARTEM
NÃO POSSO PARTIR DAS LEMBRAÇAS
POIS SÃO TUDO QUE ME RESTA
POREM ,LOGO ELAS FUGIRAM DE MIM
COMO VOCE ESTA FUGINDO
E SO RESTARAM AS LEMBRANÇAS DE LEMBRANÇA
QUE DEVO ESQUECER
QUE NÃO POSSO ESQUECER
QUE NÃO QUERO ESQUECER
QUE NÃO CONSIGO ESQUECER.
07/02/05
Lia, querida,
ResponderExcluirsorry,eu quis dizer Ferreira Gullar
e disse Thiago de Mello.
quis dizer que amei o SEU POEMA, que me tocou muito,
que me lembrou um poema do Gullar
que poderia ser uma pequena biografia minha,
o
Traduzir-se
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
De Na Vertigem do Dia (1975-1980)
beijos
não sei quem é o autor...
ResponderExcluirbeijos